João Castro Silva, Ossos, 12 maio 2016, Museu Militar de Lisboa
João Castro Silva, Ossos, 12 maio 2016, Museu Militar de Lisboa
João Castro Silva, Ossos, 12 maio 2016, Museu Militar de Lisboa
João Castro Silva, Ossos, 12 maio 2016, Museu Militar de Lisboa
João Castro Silva, Ossos, 12 maio 2016, Museu Militar de Lisboa
João Castro Silva, Ossos, 12 maio 2016, Museu Militar de Lisboa
João Castro Silva, Ossos, 12 maio 2016, Museu Militar de Lisboa
Ossos
No âmbito do projecto artístico Evocação da I Guerra
Mundial, que decorrerá de março de 2016 a novembro de 2018, inaugura-se no
próximo dia 9 de março pelas 17 horas, a instalação de João Castro Silva nas
Salas da Grande Guerra do Museu Militar de Lisboa.
A obra de João Castro Silva João organiza-se em torno de
destroços, sargaços e elementos dispersos, e é através desses fragmentos que se
revela, adquirindo forma.
Esta similitude com a guerra, aqui (com)sentida como fator
construtivo, num oposto conceptual, sugere e contribui naturalmente para uma
aproximação estruturante a esta evocação.
Estas salas, feitas nos anos 30 e revestidas
maioritariamente com pinturas de Adriano Sousa Lopes, um pintor que se
voluntariou para a frente de combate como pintor de reportagens da guerra, estão
imbuídas de uma densidade dramática notável, embora não valorizada pelos eixos
modernistas do então, nem muito considerada pelos eixos modernistas do depois.
Neste espaço a escultura de João Castro Silva faz evocação
dessa guerra e de todas as outras. Uma evocação comandada pela matéria que
constitui um organismo que já foi vivo: a madeira da árvore. Essa madeira,
aglutinada em arma de guerra, que deveria ser ferro, e indicada como relíquia
de muitos, que deveria ser osso, evidencia a metáfora da fragilidade humana,
enquanto companheira de muitas guerras universais e individuais.
A madeira que finge ser osso e ferro acentua a debilidade
dos meios de sobrevivência, a ironia da guerra e a humanização dos
beligerantes.
Esta obra reflete todas as guerras, desde as pontas de sílex
ao nuclear, homenageando acima de tudo a inteligência humana capaz de
congeminar soluções que lhe perpetuam o rumo.
Ilídio Salteiro, Lisboa, 2016
João Castro Silva, 01/1966
1992 Licenciatura em Escultura FBAUL 1994. Frequência
do Royal College of Art Londres 2001. Mestre em História da Arte ULL
2010. Doutor em Escultura da FBAUL. É, desde 1995, docente do curso de
Escultura na FBAUL. Expõe desde 1992. Prémios (selecção): 1998 2º Prémio do “ll
Simpósio Internacional de Escultura em Ferro de Abrantes”. 1999 Menção Honrosa
-Prémio Fundação Calouste Gulbenkian- no "lll Concurso de Jovens nas Artes
-Francisco Wandscheider" Culturgest, Lisboa. 2005 Prémio Doutor Gustavo
Cordeiro Ramos. Academia Nacional de Belas Artes. Escultura pública (selecção):
Rotunda da Areia, Cascais. Área de Serviço Repsol – A 20. B.Braun Medical LDA,
Queluz de Baixo. Parque do Alto de Sto. António, Abrantes. Heidrick &
Struggles, Lisboa. Montauban, França. Novimed, Lisboa. Montjean-sur-Loire,
França. Saraiva e Associados, Arquitectura e Urbanismo, Lisboa. Igreja de
S. José Carpinteiro, Catujal, Loures. Centro Cultural Eng. Adolfo Roque,
Barro, Águeda. Prime Yield, Lisboa. Dr. Horácio Louro, Costa da Caparica.
Kolosso, Torres Vedras. S. Pedro, Torres Vedras.