terça-feira, 28 de maio de 2019

Inauguração, J. Rosa G., Alfarrobeira, 23 de maio de 2019


Inauguração de Alfarrobeira, de J. Rosa G. no Museu Militar de Lisboa, no dia 23 de maio de 2019.
Uma obra integrada no projecto Evocação arte contemporânea, que decorre desde 2019 nas salas da Grande Guerra do Museu Militar de Lisboa desde 2016.
Agora J. Rosa G., partindo deste pressuposto, homenageia o Infante D. Pedro, falecido na batalha de Alfarrobeira em 1449.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Montagem - J. ROSA G. - intervenção / instalação / livro

Montagem da intervenção / instalação / livro, Alfarrobeira,  a última obra de J. Rosa G.
Uma obra inserida em Evocação - arte contemporânea, um, evento dedicado à evocação da Grande guerra, que periodicamente se produz no Museu militar de Lisboa.
A inauguração será no dia 23 às 18:30h.








quinta-feira, 9 de maio de 2019

Alfarrobeira de J. Rosa G.



Nas salas da Grande Guerra do Museu Militar de Lisboa, decorre a décima intervenção integrada no projeto Evocação arte contemporânea (2016-2019), intitulada Alfarrobeira. Com esta intervenção, de J. Rosa G., as salas da Grande Guerra deste museu são confrontadas com uma homenagem ao Infante D. Pedro (1392-1949), um príncipe perdido no campo de uma batalha nas margens da ribeira de Alfarrobeira, próximo de Alverca, no dia 20 de maio de 1449.
Sendo um príncipe culto e amado por todos, profundo conhecedor do seu tempo, a sua morte alterou o rumo da história porque sem esta batalha e com D. Pedro, tudo teria sido diferente.
E a Grande Guerra que se evoca aqui, sendo uma guerra mundialmente assumida por todos, com muitos soldados desconhecidos de ambas as partes, é igualmente uma ocorrência que alterou o rumo da história. Sem ela tudo seria diferente.
Esta relação entre estes dois momentos, pode ser descoberta na sensibilidade própria do investigador-artista que relaciona o irrelacionável, que diz o indizível, que questiona incessantemente as origens das coisas e dos factos, sempre com uma atitude construtiva de perspetivar outros futuros.
Verificamos que as coincidências entre estes dois factos são o tempo e os lugares percorridos por todos aqueles que buscam soluções para o mundo, tanto de forma consciente como de forma natural. Lugares como Arras, Bruges, Gante, Bruxelas, Lovaina, Nuremberga são por onde passaram o infante D. Pedro em 1425-26, seguramente o primeiro português a viajar pela Europa, numa longa viagem que o leva a conhecer cinco países ao longo de dois anos, num périplo que enquadra a sua grandeza intelectual, cultural e humanista.
São também estes lugares, onde, entre 1916 e 1918, milhares de soldados deram as sua vidas por causa das raízes de uns e de outros. Soldados desconhecidos, não por não se saber a sua identificação, mas porque não lhes foi dado o tempo necessário para nos disserem o que eram e qual seria a sua missão no mundo. Soldados desconhecidos evocados neste evento sob o pretexto do infante D. Pedro, um príncipe português do século XV, humanista, a quem não foi dado o tempo e o espaço para exercer o seu saber. Se o fosse tudo seria diferente.
O que J. Rosa G. nos propõe é o questionamento do destino perante a vida e a morte, perante a “pedra-príncipe” e o “pranto”, perante a sensibilidade estética própria de um artista ao escrever um livro-obra como lugar de registos do pensamento vivo e universal, em sintonia com o seu tempo. Uma evocação dos desconhecidos de uma guerra grande e mundial e de uma batalha nas margens de uma ribeira salientada pela relevância da sensibilidade histórica e estética de J. Rosa G. Temos deste modo três tempos, 1449, 1918 e 2019 em sintonia, por intermédio da estética de uma obra que inevitavelmente nos supera a todos.
Uma obra que resulta de investigação histórica, de pensamento estético, de intuição envolvida na procura da essência da arte. Um livro sobre Pedro e Pranto, sobre a força do ser e a emoção, sobre a questão da falta e da ausência, sobre o destino. Pedro e Pranto é um pensamento sobre como o mundo poderia ser diferente se uma batalha, se uma guerra não tivessem existido, se não houvesse necessidade de prantos, se os homens se tivessem entendido pela palavra ou pela arte, e não se servissem apenas destas como instrumentos de poder.

Ilidio Salteiro, 2019

sábado, 10 de novembro de 2018

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Inauguração de Corpos Desconhecidos de Artur Ramos

Fotos da inauguração de Corpos Desconhecidos, uma intervenção de Artur Ramos, no contexto do projecto Evocação arte contemporânea, 2016-2019, na Sala da Grande Guerra do Museu Militar de Lisboa. Esta exposição pode ser vista até 28 de outubro de 2018.
(Fotografias de Margarida Vinhais)



















terça-feira, 11 de setembro de 2018

Artur Ramos, Corpos Desconhecidos, Museu Militar de Lisboa, 20 de setembro 2018



O Museu Militar de Lisboa inaugura Corpos Desconhecidos de Artur Ramos, no dia 20 de setembro de 2018. É a nona exposição / instalação evocativa da Grande Guerra integrada no âmbito do projeto Evocação arte contemporânea, que se iniciou a 9 de março de 2016, com o principal objetivo de se recordar e refletir, cem anos depois, sobre acontecimentos ocorridos no mundo entre 1914 e 1918 tendo como meio a produção artística contemporânea em confronto com as características do espaço museológico.
Esta instalação é o mais recente trabalho de Artur Ramos e estará exposta na sala da Grande Guerra deste museu até 28 de Outubro.

Artur Ramos transforma a pintura de Adriano Sousa Lopes num retábulo laico, ao assumir a sua intervenção como predela conceptual de uma narrativa de volumes e luz, de corpos e rostos anónimos, no entanto universais pela dimensão clássica que os estrutura. Esta “base” salienta o todo que se representa na pintura de Sousa Lopes, onde se regista o avanço das tropas do Corpo Expedicionário Português para a primeira linha da frente de combate enquanto a população civil francesa retira penosamente para a retaguarda.

Trata-se de uma proposta desenvolvida propositadamente para este espaço e que nos remete para o corpo, para a identidade e para o relacionamento entre ser e paradigmas de classicismos. Corresponde a uma proposta aberta que provoca inquietações e reflexões sobre o papel que cada individuo desempenha dentro de uma entidade coletiva que, por vezes, é de difícil consciencialização. Encaminha-nos igualmente para analogias com as inúmeras batalhas travadas no quotidiano que, se por um lado nos dificultam as escolhas e as opções da nossa liberdade, por outro reforçam solidariedades.

A instalação Corpos Desconhecidos reforça os vários monumentos disseminados por muitos locais que exaltam a memória do soldado que o tempo perdeu. Um Soldado-Homem-Humanidade, com valores de Luz, Equilíbrio e Proporção clássica, à procura duma Harmonia Utópica.

Ilídio Salteiro, 2018.


Mais informações:
Este projeto tem os apoios do Museu Militar de Lisboa, da Faculdade de Belas-Artes da Universidade, do Centro de Investigação e Estudo em Belas Artes e das Galerias Abertas da Belas Artes
Museu Militar de Lisboa, Largo Museu da Artilharia. 10h / 17h ( encerra 2ª feira). T: 21 884 2300.Transportes: Santa Apolónia (Carris, Metro, CP)
Diretor do Museu Militar de Lisboa: coronel Luís Paulo de Albuquerque.
Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa: professor Ilídio Salteiro.
Catálogo:
http://issuu.com/i.salt/docs/cat__logo_1?e=13899296/33822672

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Evocar a liberdade - Evidenciar a fragilidade

fotografia de Miguel Duarte

fotografia de Miguel Duarte

fotografia de Miguel Duarte

Hugo Ferrão “Eranos- Bang! Bang! A consciência de si”. 2018
11 abril - 20 maio - 2018


A decorrer desde o passado dia 11 de Abril até 20 de Maio na Sala da Grande Guerra do Museu Militar, encontra-se a exposição “Eranos- Bang! Bang! A consciência de si” do professor pintor Hugo Ferrão.
Nesta exposição, o artista pretende evocar o tema de liberdade, para que não sejam esquecidos os sacrifícios por esta. A execução deste projecto, de maneira industrial, remete de imediato para a identidade anónima concedida aos seres humanos quando expostos aos danos das guerras.
A utilização de cartão nas figuras pretende evidenciar a fragilidade humana, onde a cor confere o traço de impessoalidade, devido à simplicidade de tom aplicado através de rolo, trincha e spray, reforçando a ideia de produção industrial, no entanto, sem existir grande detalhe ou controle sobre a sua aplicação. Cada um dos soldados contém números e letras (código de série) riscados e pintados através de alfabetos em chapa, juntamente com marcas de balas representadas através do balão “Bang!” de Roy Lichtenstein. As figuras adquirem o tamanho real de jovens do Colégio Militar, aos quais foram atribuídos números que os identificavam. Pretendendo assim que esta representação seja como um tributo aos que morreram ou transportam consigo o peso da Grande Guerra.

Filipa Pedroso, 2018

segunda-feira, 26 de março de 2018

Hugo Ferrão - Museu Militar de Lisboa - 11 de abril


O Museu Militar de Lisboa inaugura no dia 11 de abril a 8ª exposição / instalação evocativa da Grande Guerra com uma obra de Hugo Ferrão (ler mais)




Imagem do nascer na guerra 1914-1918.
Graîne de Poilus: sementes da infantaria francesa durante a guerra.
Evocação: (do latim, evocatione), o ato de relembrar um facto ou a actualização dos dados fixados pela memória, lembrança ou recordação. Em religião e misticismos é o chamamento por meio da magia. O mesmo que invocação (do latim, invocando). 
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Convite



quarta-feira, 21 de março de 2018

segunda-feira, 12 de março de 2018

Hugo Ferrão: inauguração 11 de abril


HUGO FERRÃO
ERANOS – BANG! BANG! A CONSCIÊNCIA DE SI.
8ª Instalação Evocativa da Grande Guerra.


O Museu Militar de Lisboa inaugura no dia 11 de abril a 8ª exposição / instalação evocativa da Grande Guerra com uma obra de Hugo Ferrão.
A instalação que Hugo Ferrão nos apresenta, intitulada …  integrada num programa expositivo que visa rememorar a participação portuguesa na Grande Guerra, encontrar-se-á exposta no Museu Militar de Lisboa de 11 de abril a 20 de maio.
Esta obra remete-nos para as questões da deontologia, da ética e dos relacionamentos. Trata-se de uma proposta aberta que provocará em nós inquietações e reflexões sobre o papel que cada um desempenha no tempo atual. Por isso encaminha-nos inevitavelmente para analogias com as inúmeras batalhas travadas no quotidiano que, se por um lado nos impedem as escolhas e as opções da nossa liberdade, por outro reforçam solidariedades.
Sobre esta instalação Hugo Ferrão salienta-nos que em Eranos (…) termo grego (erano) que significa banquete frugal entre amigos, se evocam a materialidade do alimento para o corpo e a imaterialidade da consciência de si, entendida como veículo do conhecimento, capaz de criar palavras e ideias transformadoras.
Esta intervenção tem os apoios do Museu Militar de Lisboa e da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e insere-se dentro do projeto Evocação - arte contemporânea, que se iniciou a 9 de março de 2016, com o principal objetivo de se recordar e refletir, cem anos depois, sobre dos acontecimentos ocorridos no mundo entre 1914 e 1918 tendo como meio a produção artística feita no tempo presente.


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

José Teixeira, GRAVIDADE, inauguração: 12 dezembro, 17:30h


Museu Militar de Lisboa, 12 de dezembro a 25 de janeiro de 2018
Inauguração: 12 de dezembro de 2017, 17:30h


O Museu Militar de Lisboa em colaboração com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, na continuação do projeto Evocação – arte contemporânea, apresenta mais uma exposição evocativa da Grande Guerra intitulada Gravidade.
Sobre esta obra, José Teixeira diz-nos que «Gravidade, com tudo o que tem de ambíguo, consta de uma instalação escultórica, que contou com a participação de setenta e sete pessoas, homens, mulheres e crianças entre os dez e os oitenta anos. O projeto, iniciado em abril de 2016, partiu da ideia de representar um centésimo das vítimas portuguesas na grande guerra[1]. A evocação dos que morreram há cem anos serve para lembrar, no presente, os milhares de migrantes, os refugiados, oriundos de zonas de conflito bélico, as crianças soldados recrutadas por grupos extremistas e, simultaneamente, para celebrar a vida simbolicamente representada nos setenta e sete participantes que comigo colaboraram na elaboração deste trabalho»
Gravidade é uma instalação concebida propositadamente para o espaço do museu, dedicado à Grande Guerra que nos pede pensamento sobre a qualidade das circunstâncias da vida e o valor das causas a que ela nos obriga. Cumpre por isso uma função essencial da arte: fazer pensamento.
Corresponde, metaforicamente, ao peso dramático de cada um de nós, sobre o plano dos acontecimentos incontornáveis, como as guerras. Sublinha a força que as imagens-arte têm em nós como coisas que ultrapassam em muito a fragilidade dos corpos estendidos, mortos, nos campos das batalhas de todos os dias. A sua dimensão conceptual sublinha que arte, ao contrário do que alguns pensam e argumentam hoje, cura, revoluciona, rompe, corta! Não é de todo coisa cenográfica! É, sobretudo, o pensamento humanista que reforça a força da esperança que permanece depois de tudo findar.
Ilídio Salteiro, 2017




[1] Segundo a estatística pereceram 7700 portugueses durante o conflito.

sábado, 11 de novembro de 2017

MANUEL GANTES, Campo Santo, 7/11 a 7/12

Campo Santo, terra queimada.
Cristos das trincheiras. Céu negro, sem luz, linhas de sombra. A pintura como evocação de um tempo transversal, um tempo que nunca se repete e no entanto é um tempo de desgaste. Sombra celeste... (mais)